quinta-feira, 31 de março de 2016

LUTO



Sei que andava meio ausente por aqui, eu sempre disse que estava com problemas de saúde na família mas nunca de fato disse quais eram esses problemas, pois bem.

Minha mãe teve câncer de mama, descobrimos em setembro do ano passado, ela teve que realizar duas cirurgias, uma para retirada da mama esquerda, outra dos gânglios esquerdos, ela se recuperou plenamente bem das cirurgias e tirou uma energia fantástica de não sei aonde para enfrentar de frente a doença, vivia dizendo "não tenho câncer, estou com câncer" no sentido de que a doença não fazia parte dela, e sim era uma condição temporária a qual ela enfrentou de frente.
Ela realizou a primeira quimio dela duas semanas atrás, estava apavorada, morria de medo de vomitar, mas foi lá e enfrentou de frente, de acordo com os médicos os piores sintomas viriam entre os 7º e 10ºs dias após a sessão, dito e feito, sexta ela apresentou uma piora significativa na saúde dela, mas nada anormal para os padrões da quimio, na própria segunda da semana passada ela estava no jardim plantando e mexendo na terra!
Segunda, uma semana depois, febre, alta, absurdamente alta, pronto-socorro, exames, provável infecção, melhor não ficar no hospital sem ter certeza de nada ainda, justamente por ela estar passando pela quimio, voltou para casa quase uma da manhã de terça, mas estava animada, disse que o soro que deram para ela lá revitalizou ela, que poderia correr uma meia maratona sossegada. Fiquei conversando com ela até umas duas, fui dormir.
7 da manhã, ela levantou, tinha que voltar ao pronto-socorro originalmente para fazer mais alguns exames, porém estava com dor na perna, pediu para meu pai chamar a ambulância porque não conseguia dobrar ela direito.
Eu quis ficar em casa ou ir com os dois, mas tinha uma sessão de fotos de manhã para ir, ela teimou "você assumiu com eles lá, você vai no seu trabalho", colocou seu casaquinho preto, o qual conheço desde que eu era uma criancinha, não prestei atenção em outros detalhes de sua roupa, pensei "logo mais vejo a senhora", dei um tchau, apesar de estar com dor na perna ela subiu sozinha na ambulância, caminhou pela casa sozinha, então não me preocupei. Fui trabalhar.

11 e pouco da manhã;
Meu pai me liga, disse que a dor na perna dela se tornou insuportável, lhe deram morfina, "mas pai, isso ai não pode ser trombose? Os sintomas batem", "não, os médicos não disseram nada"
Decido ir na padaria, espairecer, comprei pães, o bastante para nós três, pensei "quando mamãe voltar ela vai procurar o pão", aproveitei e peguei o requeijão que ela tanto ama.

Meados de 12/13 horas;
Meu pai me liga assustado "me expulsaram do quarto da mamãe, disseram que é porque ela não tem 60 anos e não pode ter acompanhante, mas passei a manhã toda com ela lá, fui então perguntar ao segurança porquê não podia ficar com ela, vi eles levando ela com a maca e tudo para a sala de emergência, não estou gostando disso, avise seu irmão por favor."
Ligo para meu irmão, não atende o celular, estava em aula, mandei mensagem e consegui avisá-lo.

Meados de 13:30 horas;
Meu pai me liga "ainda não consegui falar com o médico, mas a enfermeira me disse que estão tentando estabilizá-la", "como assim estabilizá-la?", "não sei"
Aviso meu irmão sobre isso por mensagem, ele me diz para continuar a mantê-lo atualizado pelas mensagens.

Meados de 13:30/14 horas;
Meu pai me liga "sua mãe está sendo entubada, mande seu irmão voltar para casa, IMEDIATAMENTE", "mas como assim? O que ela tem?", "trombose, deu embolia pulmonar, não acho que ela saia dessa", "não brinca com isso!"
Ligo para meu irmão, dessa vez ele atende de primeira, como estava me comunicando por mensagens ele achou estranho, "papai mandou você voltar imediatamente para casa, mamãe está muito mal!"
Meu irmão para quem não sabe mora em Campinas, dá umas 2 horas e meia daqui, ele saiu da sala sem pedir nem avisar ninguém, correu para a república dele, enfiou qualquer coisa que tinha na bagagem e pegou o ônibus para a rodoviária de lá.
Enquanto isso eu mesma comecei a me arrumar correndo para ir no pronto-socorro, liguei para minha tia, pedindo se meu tio me buscava em casa para me levar lá, meu tio estava no próprio pronto-socorro fazendo companhia ao meu pai.
Fechei toda a casa, cuidei dos bichinhos, fiquei sentadinha na sala e esperei, esperei e esperei, meu tio nunca veio.
Minha tia apareceu no portão de casa, ela mora perto daqui, na hora meu coração parou, parecia que tinha gelo dentro dele.
Abri o portão para ela, "sua mãe não vai voltar mais", gritei tanto que até a vizinha veio desesperada ver o que estava acontecendo. Sem perceber virei uma bola no chão e soquei tanto o chão que só fui notar hoje que eu machuquei meu pulso e mão direita enquanto socava com uma força que eu não sabia ter e um descontrole nunca visto por mim antes.
Depois de alguns minutos que pareceram não ter fim para mim ali caída no chão, escutando a vizinha desesperada perguntando o que estava acontecendo e ficando em choque de saber de mamãe, suas vozes parecendo que vinham do fundo de um túnel, levantei e corri para o telefone, liguei para meu irmão e dei a notícia, ele estava dentro do ônibus indo para a rodoviária, ele disse para mim depois que chorou ali mesmo e nem percebeu mais o que tinha em torno dele e se alguém ficou olhando.
Se eu não tive a chance de dar adeus ou vê-la uma última vez, quem dirá ele?

Meados de 14:30 horas:
A vizinha decidiu nos levar, eu e minha tia, até o hospital, na esperança de que eu pudesse ver mamãe uma última vez, mas chegando lá, com o pessoal enrolando a gente elas decidiram que era melhor eu não ver aquilo, mamãe no necrotério, me arrastaram de lá e me levaram na funerária aonde papai estava com meu tio, o qual nunca apareceu porque mamãe morreu e ele ficou com papai, estavam acertando sobre o funeral.
Escolhi o caixão, um caixão marrom claro com tema de flores do lado de fora, mamãe teria gostado.

Meados de 15/16 horas;
Voltamos para casa, papai avisando os vizinhos amigos dele, entro em casa sozinha pois o homem da funerária viera pegar as roupas para usar na mamãe, abro a porta da sala e dou de cara com a bolsa dela, a bolsa de corujinhas que dei para ela ano passado, no mesmo lugarzinho aonde ela costumava deixar, quase grito por ela ao ver a bolsa dela lá, se a bolsa dela estava lá ela também devia estar! Mas vejo ao lado dela um saco branco, escrito: "conteúdo intoxicante" e vejo que dentro daquele saco estão as roupas dela, o casaquinho que ela vestia logo cedo antes de sair, o óculos, o sapatinho lilás, as meias, a calça e uma camiseta de gato que eu dei para ela no ano passado, não. Papai tinha passado em casa enquanto eu estava pelo hospital e sem pensar deixou as coisas dela no lugar aonde ela costumava deixar, nunca que ele imaginaria que eu iria pensar que ela poderia ainda estar lá.
Senti como se boa parte de mim morresse naquele momento.
Fui até o quarto, escolhi uma blusa verde com triângulos amarelados, ela costumava usar ela bastante, uma calça preta, meias, pedi desculpas caso as peças não combinassem entre si, quando ela se vestia sempre perguntava "esse sapato está combinando? E essa pulseira com essa blusa?". Peguei a foto da nossa gatinha Sofia que faleceu em 2011, amor da vida dela, do porta retratos que dei para ela ano passado de dia das mães, e pedi para o homem da funerária colocar a foto nas mãos dela, ele não me contestou.
Marcamos o enterro para as 11 da manhã do dia 30-03-2016.

Meados de 17 horas;
Meu irmão finalmente embarcou no ônibus para casa, ele chegaria por volta das 19 horas, decidimos esperá-lo em casa, eu e papai, tomamos banho e ficamos pela sala de casa, sem saber muito bem o que fazer. Em choque seria uma definição.

Meados de 19 horas;
Meu irmão finalmente chegou em casa, ele que estava tentando se controlar desde o ônibus até o portão de casa desabou, pois ele percebeu pela primeira vez que nunca mais mamãe abriria o portão para ele quando ele retornasse de viagem. Papai e ele se abraçaram em prantos, eu olhando do lado, parecia até uma cena de algum filme triste, algo do qual eu não fizesse parte, até o momento que meu irmão se virou e me abraçou. Então percebi que aquele filme triste se desenrolando ao meu redor era a minha vida.

Meados de 20 horas;
A mesma vizinha deu-nos carona até o cemitério, aonde mamãe seria velada, chegando lá tinham alguns conhecidos nossos, nos deram as condolências logo que chegamos, tudo muito surreal, eu chorando, mas sem entender de fato o que estava acontecendo comigo e com os outros, o mundo estava estranho demais.
Chagamos na salinha, o caixão que eu escolhi, mamãe dentro dele. Meu mundo acabou neste momento.
Quase não a reconheci, inchada, roxa, precisei de longos minutos para associar aquela pessoa com a mamãe, que estava tão cheia de vida até poucos dias antes.
Mas mesmo vendo-a ali, eu ainda não conseguia entender o que estava acontecendo, no fundo do meu cérebro ficava indo e vindo a mensagem "é um pesadelo, logo mais você acorda"

Meados de 21/22 horas;
Muitas pessoas amigas vieram no velório, chegaram alguns parentes vindos de longe, mas nem de perto me doeu tanto quanto ver minha madrinha. Minha madrinha era prima de mamãe, amigas de infância, totalmente grudadas, se falavam todos os dias por telefone e pelo tablet, a madrinha mora longe então era bem raro conseguirmos visitá-las, mas isso não as impedia de se falaram à todo momento, e até perto do fim mamãe estava escrevendo e fazendo piadinhas com a minha madrinha.
A expressão de minha amada madrinha dizia que talvez aquilo não fosse só um sonho ruim.
Minha prima me abraçou e ficava me dizendo "você não está sozinha".

Meados de 23:30 horas;
Decidimos voltar para casa para comer, todos os visitantes automaticamente se retiraram quando viram que saímos de lá. Chegamos em casa, papai e meu irmão comeram alguma coisa, eu não comia desde meados de 11 da manhã, mas fui incapaz de comer alguma coisa, sentia como se meu estômago tivesse criado dentes e estivesse se devorando por dentro, isso junto de uma ânsia que nunca senti antes daquele modo. Dentro da geladeira topamos com um sanduíche feito com pão de forma integral e uma fatia de queijo prato, o favorito dela, estava meio mordido, ela o comeu na terça antes de sair mas não terminou, provavelmente pela dor, me lembrei de tê-lo guardado na terça de manhã ao vê-lo em cima da mesa, a última mordida e a última refeição dela, aquilo foi tão...
Voltamos para o velório.

Meados de 2 da manhã;
Digo para meu irmão que mamãe está ficando mais inchada do que estava quando chegamos lá, ele diz para não ficar olhando.

Meados de 3 da manhã;
Meu pai entra em pânico ao notar que mamãe está enorme, a barriga parecendo uma bola, o rosto totalmente deformado, fiquei repetindo que aquela não era a mamãe. Ligamos correndo para a funerária, quando chegam lá a notícia que eu já imaginava. Fecharam o caixão da mamãe às 3 da manhã do dia 30-03, e o pior, não conseguiram lacrá-lo pois ela ficou maior que ele.
 O homem da funerária diz, "não podemos esperar até as 11, terá que ser no máximo às 8", "mas como vamos avisar à todos?" papai me perguntou, postei nas redes sociais e tudo o que pude fazer foi rezar para que os conhecidos lessem logo cedo, liguei para minha tia, aonde os parentes tinham ido dormir e os avisei.

Meados de 4:05 horas;
Depois de ver o caixão lacrado, a ficha começou a cair.
Estava conversando com meu irmão sobre coisas que mamãe fazia, quando lembrei do costume que ela tinha de comer a ponta das coxinhas que eu comia, ela era vegetariana, então não comia coxinhas, elas tem frango, mas amava a massinha, então para ela não passar vontade eu sempre deixei a pontinha para ela, nem que eu estivesse na rua, eu levava a pontinha para casa para ela comer, a lembrança dela toda feliz quando comia a pontinha da coxinha me atingiu como um míssil desgovernado, senti dores, dores que não eram físicas, minha alma doía, a perspectiva de que nunca mais verei o sorriso dela quando via a pontinha da coxinha me deixou sem chão, com ela todo o resto, todas as pequenas coisas que sempre fizemos juntas, as manias, os planos, tudo se fora, nessa hora entrei em crise.
Tive pânico, gritei, chorei, fiquei catatônica, tudo ao mesmo tempo. Meu irmão se desesperou, me seguro no colo o tempo todo, meu pai, ficava perto e olhava para mim como se ele não soubesse o que fazer.
Acho que meu acesso durou quase uma hora, pois quando dei por mim estava amanhecendo.
Não fiz de propósito e até me envergonho agora, pois eles sentem tanta dor quanto eu, mas não sei, a dor foi tanta, parecia que era um sonho, que eu não estava lá de verdade, que eu iria fechar os olhos estar na minha cama em casa com mamãe me acordando.

Meados de 7 horas;
Os homens da funerária voltaram e se desesperam ao ver que o caixão de mamãe está abrindo, e pior, está entortando a parte de cima da tampa.
O velório teria que ser adiantado.

Meados de 7:15 horas;
Mamãe foi enterrada.

Meados de 7:20/7:30 horas;
Os que conseguiram ser avisados sobre o enterro ter sido adiantado começam a chegar, literalmente 5 minutos após mamãe ser selada de vez na terra.


Voltamos para casa pelas 9, a casa estranhamente silenciosa e vazia, peguei o saco de roupas da mamãe, estavam ensopadas, ensopadas nos últimos minutos de suor dela antes do fim, decidi que era melhor lavá-las o quanto antes para não correr o risco de embolorar.
Levei o saco para o banheiro e deixei sobre o cesto de roupas sujas, fui tomar um banho, peguei os dois gatinhos preferidos dela, o Cookie e a Marie, ambos os "filhinhos" dela, de acordo com ela mesma, ela acostumou eles a ficarem no banheiro tomando vapor enquanto ela tomava banho, achei digno repetir para eles não se sentirem mal, mas esqueci do saco sobre o cesto. Cookie e Marie viram e decidiram cheirar. A reação deles foi uma facada no meu coração. Cookie cheirou o saco, na mesma hora virou a carinha para mim, seu olhar continha o mais puro e genuíno terror, ele começou e berrar desesperado para sair do banheiro e saiu de lá como se tivessem dado uma estilingada nele, Marie sentou-se do lado do cesto de roupas sujas, numa perfeita pose de esfinge e me olhou nos olhos, seus olhos pareciam chorar na mais profunda tristeza, e ela permaneceu lá, na mesma pose sem sair do lugar até eu terminar meu banho. Acho que eles entenderam que aquelas roupas continham algo muito doloroso vindo da mamãe, seus últimos minutos de vida.

Depois disso cochilei, cochilei por volta de 1 hora e meia, depois fiquei errante pela casa, tive acessos de choro, conversei com alguns amigos online que já passaram pela perda dos pais em busca de algum consolo que eu sei que não virá.
Depois fiquei sabendo que a banda da cidade (banda marcial) que eu fotografo tem quase 3 anos iria tocar em homenagem à minha mãe às 20 horas, no princípio eles iriam tocar de qualquer modo em um evento, tanto que eu já havia avisado ao maestro que eu não iria, mas decidiram usar o evento no qual eles iriam tocar originalmente para fazer uma singela homenagem à mamãe.
Decidimos ir então, papai, eu e meu irmão, acabei levando a câmera e fotografei o evento, a última homenagem à mamãe, tocaram Elvis, ela amava Elvis.
Só fui comer em casa quando voltamos, já mais de 10 horas da noite, mas o estômago ainda possui dentes que machucam.

Voltei para casa dessa homenagem à mamãe e cá estou, não sei o que me levou à escrever esse texto justo aqui, medo de esquecer dos detalhes? Um modo de lembrar da mamãe?
Eu não sei, não sei mesmo, foi tudo tão rápido que eu ainda não sei se de fato estou acreditando em tudo o que me aconteceu, tenho a impressão de que mamãe vai surgir à qualquer momento em casa, que eu vou vê-la na sala jogando no tablet dela, ela amava aquele tablet!
Está tudo do jeitinho que ela deixou há menos de dois dias, a bolsa, fui olhar dentro, todas as coisinhas dela, todas lá arrumadinhas, só esperando a sua volta, tudo arrumadinho para a ida dela ao médico. O tablet estava em cima da lateral da cama, no mesmo lugar que ela deixou, com o carregador do lado. A camisola largada em cima da cama esperando o retorno da dona para dormir mais uma noite.
Eu não consigo acreditar, minha vida sofreu uma reviravolta deste modo em um dia.
Eu ainda não dormi.
Não sei se consigo, até escrevi pelo facebook, que estou com medo de dormir, não pelo medo de não poder acordar, mas sim pelo medo de acordar e ver que não foi só um pesadelo.


Então, para aqueles que me acompanham por aqui, mesmo eu não sendo nem um pouco certinha em postar coisas (tive meus motivos afinal), eu estou em um momento mais do que difícil agora, não tenho vontade de fazer nada, não sei o que faço da minha vida de agora em diante, então se eu não postar por um bom tempo aqui já sabem o que me levou à isso.

O que mais me doeu foi, entrei no Line pelo celular, tinha uma mensagem dela, enviada na sexta, eu não tinha visto, era um papel de parede de um ouriço dentro de uma xícara, eu tinha me esquecido, na sexta eu ensinei ela à usar o Line Deco e a enviar papéis de parede para amigos, ela me enviou esse ouriçinho e eu não vi, foi como se ela estivesse viva, e isso doeu muito, de um modo que duvido que existam palavras para descrever. Nunca mais receberei mensagens dela com um ouriçinho dentro de uma xícara.

5 comentários:

  1. Eu estou chorando aqui (sério). Eu tenho medo de perder alguém da minha família (eu já perdi a minha vó e lembro até hoje como foi - faz tempo que ela faleceu). Eu espero que você fique bem.

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    1. Obrigada, agora já estou um ''pouco melhor'', a ausência da presença dela ainda pesa muito, todos os dias, mas dei "sorte" pois logo após o ocorrido arrumei um emprego concursado e ele acabou querendo ou não me tirando de dentro de casa e me distraindo muito, não sei como teria lidado estes últimos meses caso tivesse ficado em casa :(
      Eu já perdi minhas duas avós, a primeira eu era muito nova, nem percebi direito que não veria mais ela, mas a outra foi em 2010, no final infelizmente senti um certo "alívio" com a partida dela pois ela estava com Alzheimer e não era mais ela, não daquele jeito que ela ficou, acho que ela se libertou quando partiu..

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  2. Eu sinto muito e eu tenho muito medo de perder quem eu amo... Estou chorando aqui e....sei lá... Sem palavras... Tomara que você fique bem e se recupere. 😢

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    1. Obrigada, o medo da perda é gigantesco, eu vinha lidando com ele desde que descobrimos o câncer, depois da perda dela que eu percebi o quão curta é a vida e imprevisível, o ideal é sempre falarmos para quem amamos que nos importamos e não deixar as coisas para depois, se eu fosse listar os meus arrependimentos eu passaria mais de um ano listando, e isso pesa, os arrependimentos.. Perder alguém, infelizmente todos passaremos por isso cedo ou tarde, acho que temos que aproveitar o durante, enquanto não aconteceu.. Queria ter aproveitado melhor a companhia dela e ter feito mais por ela..

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  3. Eu sinto muito e eu tenho muito medo de perder quem eu amo... Estou chorando aqui e....sei lá... Sem palavras... Tomara que você fique bem e se recupere. 😢

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